O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, condenou nesta segunda-feira, por formação de quadrilha, o ex-presidente do PP Pedro Corrêa, o ex-assessor do PP na Câmara dos Deputados João Cláudio Genu e o sócio da corretora Bonus-Banval Enivaldo Quadrado. Por outro lado, ele absolveu do mesmo crime outro sócio da corretora, Breno Fischberg, e o deputado federal Pedro Henry (PP-MT). Lewandowski disse que a maior prova da formação de quadrilha é que o acordo firmado entre PP e PT não tinha valor específico. O PT ficaria encarregado de repassar recursos com vistas a alianças para eleições futuras e para pagamento de dívidas de campanha. "A maior evidência disso é que o acordo financeiro entre PP e PT não tinha valor específico. O esquema criminoso se amoldava às necessidades dos partidos. Não havia quantia pré-fixada. À medida que as dívidas e gastos apareciam, iam sendo resolvidos", disse Lewandowski. O ministro não viu, porém, provas no processo contra Henry e Fischberg. Mais cedo, Lewandowski condenou Genu por corrupção passiva, embora o tenha absolvido da acusação de lavagem de dinheiro. Ele é acusado de sacar dinheiro das contas de Marcos Valério e repassá-lo ao PP.
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