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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

PMs presos no Rio recebiam propina de R$ 5 mil por plantão

Secretário Beltrame e Coronel Erir Ribeiro dão detalhes da operação em coletiva da Operação Purificação Os policiais militares que foram presos em uma operação nesta terça-feira em Duque de Caxias (RJ) recebiam, de acordo com a investigação, cerca de R$ 5 mil a cada plantão para não coibir atividades criminosas na favela Vai Quem Quer, no mesmo município. Além de 60 PMs, 11 traficantes foram detidos pela força-tarefa formada pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (Ssinte), pela Polícia Federal, pela Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar (CI/PMERJ) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Até o meio da tarde, cinco policiais e sete traficantes ainda não haviam sido capturados. A operação continuaria até o fim do dia. A operação, que mobilizou cerca de mil agentes, é resultado de um ano de investigações conjuntas e cumpre 83 mandados de prisão - 65 contra policiais militares, de nove batalhões, e outros 18 mandados contra civis. Entre os traficantes detidos, cinco já estavam presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. "O policial militar tem que ter a certeza de que acabou. Nós não aceitamos mais ser humilhados por desvios de conduta", afirmou comandante geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho. Segundo o coronel, todos os 65 policiais acusados serão expulsos da PM em no máximo 30 dias. O secretário estadual de segurança, José Mariano Beltrame, elogiou a integração das policiais. Para ele, "não há instituição do serviço público capaz de mostrar legitimidade se não cortar da própria carne". Os policiais - à época lotados no 15º BPM, de Duque de Caxias -, recebiam em média R$ 5 mil por plantão dos bandidos para não coibir atividades criminosas na favela Vai Quem Quer, mas também atuavam em outras 12 favelas de Caxias dominadas pela facção Comando Vermelho. O Gaeco denunciou os acusados pelos crimes de formação de quadrilha armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, corrupção passiva e extorsão mediante sequestro. Também estão sendo cumpridos 112 mandados de busca e apreensão na casa dos denunciados e em batalhões da PM. A ação levou à destituição do comandante do 15º BPM, tenente coronel Cláudio Lucas Lima, e todo o seu estafe. Ao todo o batalhão conta com 600 policiais.

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