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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Fazendeiros não querem trégua com os índio

Os fazendeiros de Pau Brasil, Itaju do Colônia e Camacan não aceitaram um acordo de trégua apresentado nesta segunda pela Polícia Federal. Para eles, não haverá paz enquanto as fazendas estiverem ocupadas.
A Polícia Federal propôs que houvesse uma trégua entre fazendeiros e pataxós hã hã hãe até que o STF - Supremo Tribunal Federal - julgue a ação ordinária proposta pela Funai, Fundação Nacional do Índio.
A ação tramita desde a década de 80. Neste período, quase 30 pessoas morreram na batalha travada pela posse de terras. Neste ano foram duas mortes na área de conflito, vários trabalhadores e índios baleados.
No último encontro entre índios e trabalhadores de fazenda, foi assassinado o itabunense Júlio César Passos Silva, de 31 anos. Os pataxós alegam que o homem era segurança da fazenda Santa Rita.
Já os fazendeiros afirmam que Júlio César era vaqueiro e foi atacado quando tentava retirar o gado da propriedade. Ele foi atingido com um tiro na cabeça, no final da tarde de sexta-feira, e o corpo resgatado no final de semana.
No mesmo confronto, o índio Ivonildo dos Santos, de 29 anos, foi atingido na coxa esquerda. Ele foi atendido no Hospital de Base, em Itabuna, e passa bem.
O presidente do Sindicato Rural de Pau Brasil, Miguel Arcanjo, alerta que, caso as autoridades não adotem logo providências, poderá haver derramamento de sangue.
Além da morte e pessoas baleadas, carros e casas de fazendeiros foram incendiados. Além disso, emboscadas vêm ocorrendo quase todos os dias.
Os índios já ocuparam mais de 70 fazendas que estão em uma área de 54 mil hectares nos municípios de Camacan, Itaju do Colônia e Pau Brasil.
Para tentar evitar novas mortes nos conflitos, a Polícia Federal enviou mais 30 agentes do Comando de Operações Táticas para os três municípios. Eles contam com reforço de soldados da Polícia Militar e agentes da Polícia Civil.

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