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segunda-feira, 23 de julho de 2012
Cidades pobres terão campanha milionária
Casas de taipa, sem esgoto e água encanada, além da inexistência de postos de saúde, são alguns dos problemas vividos pelos moradores dos cem municípios com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no país. Apesar do quadro desolador, os candidatos a prefeito nessas cidades informaram à Justiça Eleitoral que pretendem gastar, juntos, R$ 97 milhões na campanha deste ano. Uma média de R$ 110 por eleitor, dez vezes mais do que no Rio. O valor chama atenção pois os municípios não contam com programas de TV, normalmente o maior custo na campanha, e a maioria têm eleitorado inferior a oito mil pessoas. Araioses, Governador Newton Bello e Presidente Juscelino, no Maranhão, integram a lista de cidades pobres que podem ter campanhas ricas. Os três municípios já tiveram até papel de destaque no comércio estadual, mas hoje são lugares carentes de tudo. A impressão que se tem é que lá o tempo parou. Os candidatos que declararam as maiores estimativas de orçamento disseram que trata-se apenas de "uma previsão". Nelma Pinho (PT) apresentou teto de gastos de R$ 1 milhão, mas afirmou que, "independentemente de Presidente Juscelino ser muito carente", teve de fazer este planejamento para ter alguma chance contra os concorrentes. Já Rildo Gomes (PRB), que disputa em Governador Newton Bello e estabeleceu o limite de gastos em R$ 2 milhões, disse que a falta de estrutura da cidade colabora para a alta previsão de despesas: - Há muitos povoados de difícil acesso, e a campanha só pode chegar a esses lugares com veículos que possuem tração nas quatro rodas, cujo aluguel é bastante caro.
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