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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Touros de montaria em Ilha Solteira, SP, recebem tratamento de atleta


Em busca de um touro perfeito para o mundo dos rodeios, muitos animais recebem tratamento de atleta para conseguir uma melhor performance nos treinamentos e também dentro da arena. Alimentação balanceada, exercícios e treinamentos. Muitos produtores investem cada vez nesses animais. Em Ilha Solteira (SP), os criadores estão experimentando uma técnica diferente: a preparação dos animais começa mais cedo.
Tanto para o peão como para o animal é preciso muito treino para chegar às arenas de rodeio. Em uma propriedade em Ilha Solteira, os touros são preparados para a montaria. O trabalho começou há cinco anos. No rebanho de 500 touros, os melhores são selecionados. A avaliação começa cedo, com os touros de apenas um ano.
“O animal tem que ter a tendência para pular, ter a pressão e a vontade de pular. Não é a braveza que mostra o animal pulando, mas o estímulo que ele tem”, afirma o zootecnista Ricardo Saad Gattaz.
O teste é feito com uma máquina especial, que ganhou o nome de robô cowboy. Ela simula o peso de uma pessoa. “A máquina nada mais é que um sistema para soltar o peso por controle remoto. Não dá choque, não faz nada. O único estímulo do animal é o peso da máquina, de cerca de 11 quilos”, diz.
O touro, que mostra talento na arena, recebe uma ração rica em calorias. Elas são importantes para o animal ganhar peso e ter disposição. Faz parte do treinamento acostumar o gado com as pessoas, sons altos e com o brete. Quando eles ficam um pouco mais velhos, com três anos, o treino é com peão de verdade.
Poucos animais chegam a ser touros de elite, que chegam a valer mais de R$ 100 mil. De cada 100, apenas 15 tem as cinco características analisadas no rodeio: pulo, giro, coice, dificuldade e intensidade. Os outros touros que não vão para a arena, vão para a engorda.

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