Bem distante da ala petista no desfile do 2 de Julho, estiveram os professores da rede estadual de ensino, em greve há quase 80 dias, e integrantes do PMDB. Se, na teoria, o sindicato da categoria (APLB) tem bases ligadas ao PCdoB, as críticas ao governo de Jaques Wagner aproximaram, fisicamente e ideologicamente, os dois universos. Extraoficialmente, pelo menos durante o evento, professores e PMDB marcharam juntos.
"A vaia é uma manifestação popular democrática. Quando a população vaia um governante desta forma, demonstra o quanto está insatisfeita com o que está acontecendo. E isso, inevitavelmente, vai respingar no candidato do PT, Nelson Pelegrino. Esse é o jeito poetista de governar: sem valorizar o funcionário público, a saúde, e, principalmente, a educação", declarou o peemedebista.
Os professores, munidos de camisas, faixas, cartazes, se manifestaram contra o governador. "Não tenho simpatia pelo PMDB, mas à medida que o governador maltrata a categoria desta forma, ganhamos coisas em comum. Estar deste lado, a meu ver, é mais seguro do que próximo ao traidor Wagner", afirmou o professor Edson Alves.
Alunos
A manifestação dos professores foi apoiada pelos alunos da rede estadual de ensino. Como se fossem uma torcida de futebol, estudantes engrossaram o coro contra o governador. "O professor é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo"; "ôôôô... a educação parooou"; e "Ele (Wagner) é traidor" foram cantados pelos jovens em forma de protesto.
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