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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Produção do cacau na Bahia encanta chocolateiros internacionais

Marvilleuse! (Mavilhoso!) Esse foi o adjetivo usado pelo pesquisador da Cirad, Philippe Bastide, e pelo criador e organizador do Salon du Chocolat de Paris, François Jeantet, para classificar o cacau produzido na Bahia, depois de dois dias de visitas à Ceplac e a fazendas da região. O sistema de produção e pós-colheita diferenciados, a qualidade das amêndoas, e a sustentabilidade social e ambiental foram enfatizados pelo secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, que nesta terça-feira (3), acompanhou a comitiva composta por 34 chocolatiers da França, Espanha, Portugal, Bélgica, Itália, Dinamarca, Japão, Costa do Marfim e São Thomé e Príncipe à Fazenda Santa Cruz, no distrito de Taboquinhas, no município de Itacaré, onde eles conheceram in loco todo o processo produtivo do cacau, com ênfase no beneficiamento. “Este é um momento importante para Bahia, pois estamos trazendo os mais famosos chocolateiros do mundo, que são formadores de opinião, para conhecer uma fazenda modelo, que produz com tecnologia de ponta”, disse Eduardo Salles, destacando que o objetivo do governo é fazer com que o cacau deixe de ser vendido apenas como commoditie, e passar a vender a amêndoa com valor agregado.

Além disso o objetivo da vinda dos produtores de cacau é demonstrar que a Bahia pode ser um fornecedor confiável de cacau, e atrair para o Estado indústrias de chocolate gourmet. “Temos grande mercado consumidor de chocolate, com potencial para crescer”, destacou Salles. “Já visitei a Bahia, e fiquei encantado com a paixão com que o cacau é produzido. Agora retorno com meus amigos, para que eles conheçam também”, disse François Jeantet, criador da marca Salon du Chocolat, afirmando ainda que “sinto o renascimento do cacau, muito ligado ao meio ambiente”. Jeantet destacou que “a Bahia reúne todas as condições para produzir chocolates finos, e a vinda de chocolateiros internacionais para investir em fábricas aqui é questão de tempo”. Segundo ele, “temos que andar passo a passo”. De acordo com Philippe Bastide, que trabalha em conjunto com a Ceplac, “a Bahia é modelo extraordinário de como se produzir cacau”. Ele considera muito importante o fato do Estado, através dos órgãos dos governos federal e estadual, ter encontrado soluções técnicas e genéticas para superar a vassoura-de-bruxa. “O Brasil está se tornando o País mais interessante para produzir cacau”, analisou.

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